O projeto Social Eco-Óleo, iniciativa dos mestrandos de química da Pucrs (PET-Quimica) com o Centro Social Marista (Cesmar) e a prefeitura de Porto Alegre, trabalha na transformação de óleo de cozinha em biodiesel, combustível renovável derivado de óleos vegetais, e está em fase de implementação. Uma mini-usina com capacidade de
Durante entrevista coletiva para a cadeira de jornalismo especializado da Faculdade de Comunicação Social (Famecos) da Pucrs, Ronaldo Silvestre da Costa, coordenador e mentor do projeto, exemplificou os desafios e abrangências do investimento. Idealizado desde 2008 com a elaboração de uma monografia para a faculdade de química, o projeto ficou em fase experimentação em laboratório por seis meses até a parceria com a RSBIO, empresa que disponibilizou o espaço físico para o processamento. “Não estamos só transformando o produto, mas sim criando uma rede de educação ambiental”, diz o pesquisador. O consumidor final é a Secretaria de Meio Ambiente (SMAM), que utilizará o combustível renovável na sua frota de veículos.
O óleo proveniente das frituras é recolhido em postos de coletas da universidade, escolas e restaurantes e utilizado na produção do biodiesel. Cada litro do produto doado por moradores da vila é trocado por uma moeda solidária, espécime que da direito a adquirir matérias de limpeza e produtos. Através de um processo chamado de transesterifiação, as moléculas de carbono são separadas em glicerol e glicerina, a primeira fonte de energia e a segunda matéria prima do sabão. Por lei,2% desses glicerol processado já são adicionados ao diesel em postos de gasolina – chamado de B2- e até 2013, estima-se que por lei 5% precisarão ser complementados. Entretanto, a indústria do Cesmar não tem fins comerciais.
A reutilização dessas oleaginosas industriais gera um benefício aos mananciais. Estima-se que cada litro de óleo despejado nos rios polui
A faculdade de Farmácia da Pucrs investe na reformulação da glicerina- parte do composto não utilizado no combustível – para a produção de sabão e sabonetes. Se toda a universidade contribuir com o projeto, mais de 16 mil litros mensais de combustível serão produzidos.