Os últimos três meses do ano são sempre de economia aquecida. A época do Natal faz com que as lojas aumentem consideravelmente as vendas, e, com isso, é necessário contratar novos funcionários. Entretanto, os empregados temporários que o comércio procura não têm, em sua maioria, a qualificação e experiência necessária. A lei da oferta-e-procura torna-se "lei da procura" de ambos os lados.
Dados da Associação Brasileira de Empresas e Serviços Terceirizáveis e do Trabalho Temporário (Assertem) prevêem a criação de 50 mil vagas até o final deste ano em todo o Brasil, das quais 40% ainda estão em aberto. Em Porto Alegre, as buscas por novos f
uncionários já começaram. Em uma rede varejista de calçados, o gerente Rafael Duarte (26) diz que vai aumentar em oito fucionários o quadro de 22. Eles ficarão até o dia 31 de dezembro, dependendo do movimento: "A empresa prevê 12% de lucro a mais com as festas, mas nós alcançaremos 20% nessa temporada."
As oportunidades, entretanto, não trazem estabilidade. E preocupam tanto o empregado, quanto a família. Ana Letícia dos Santos (21) é funcionária temporária de uma companhia responsável por organizar estoques de empresas. A mãe, Ana Lucia dos Santos (39) diz que a filha terminou o segundo grau às pressas no supletivo, para se inserir no mercado de trabalho. Mesmo assim, tem dificuldade em encontrar emprego e não consegue trabalho fixo. A mãe afirma que no emprego atual "exigem demais dela, e o salário é pouco".
Bianka Freitas (31) é gerente de uma loja de roupas. "Em novembro começam os lucros maiores por causa do 13º salário, no meio de outubro já temos várias novas funcionárias." O esforço é essencial para o sonho do posto de trabalho mesmo depois das férias natalinas. A cada cinco contratadas, três são efetivadas na rede multimarcas.
As agências de emprego encontram-se lotadas. Na Estágio Sul de Recursos Humanos, a movimentação se dá principalmente pela possibilidade de emprego temporário nos Correios. Os servidores estão em greve em Porto Alegre, então a busca por carteiros substitutos é intensa. Jackson Cunha (18) tentou alguma destas vagas, mas como não tem segundo grau completo, não foi selecionado. A falta de qualificação é o principal problema de quem busca emprego.
Confira aqui as entrevistas com Jackson Cunha e Eliane Labatut (38), desempregados.
Não só o comércio movimenta os empregos temporários, mas também as eleições. Luis Claudio (43) trabalha como funcionário na campanha de um dos candidatos à prefeitura de Porto Alegre. Ele se acidentou e aproveitou os meses de licença do trabalho de entregador de bebida para procurar emprego temporário nas eleições. "Não dá pra ficar parado", afirma Luis Claudio, com a bandeira do partido nas mãos e R$ 420 para militar no segundo turno.
Dados da Associação Brasileira de Empresas e Serviços Terceirizáveis e do Trabalho Temporário (Assertem) prevêem a criação de 50 mil vagas até o final deste ano em todo o Brasil, das quais 40% ainda estão em aberto. Em Porto Alegre, as buscas por novos f
As oportunidades, entretanto, não trazem estabilidade. E preocupam tanto o empregado, quanto a família. Ana Letícia dos Santos (21) é funcionária temporária de uma companhia responsável por organizar estoques de empresas. A mãe, Ana Lucia dos Santos (39) diz que a filha terminou o segundo grau às pressas no supletivo, para se inserir no mercado de trabalho. Mesmo assim, tem dificuldade em encontrar emprego e não consegue trabalho fixo. A mãe afirma que no emprego atual "exigem demais dela, e o salário é pouco".
Bianka Freitas (31) é gerente de uma loja de roupas. "Em novembro começam os lucros maiores por causa do 13º salário, no meio de outubro já temos várias novas funcionárias." O esforço é essencial para o sonho do posto de trabalho mesmo depois das férias natalinas. A cada cinco contratadas, três são efetivadas na rede multimarcas.
As agências de emprego encontram-se lotadas. Na Estágio Sul de Recursos Humanos, a movimentação se dá principalmente pela possibilidade de emprego temporário nos Correios. Os servidores estão em greve em Porto Alegre, então a busca por carteiros substitutos é intensa. Jackson Cunha (18) tentou alguma destas vagas, mas como não tem segundo grau completo, não foi selecionado. A falta de qualificação é o principal problema de quem busca emprego.
Confira aqui as entrevistas com Jackson Cunha e Eliane Labatut (38), desempregados.
Não só o comércio movimenta os empregos temporários, mas também as eleições. Luis Claudio (43) trabalha como funcionário na campanha de um dos candidatos à prefeitura de Porto Alegre. Ele se acidentou e aproveitou os meses de licença do trabalho de entregador de bebida para procurar emprego temporário nas eleições. "Não dá pra ficar parado", afirma Luis Claudio, com a bandeira do partido nas mãos e R$ 420 para militar no segundo turno.